Corrupção

Washington Reis, prefeito de Caxias e 12 vereadores, entre eles a filha de Fernandinho Beira-Mar, são alvos de operação da PF

Netinho Reis, prefeito eleito de Caxias, também foi alvo da operação que cumpriu 22 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de compra de votos e lavagem de dinheiro na Baixada e capital fluminense.

Por Marco Antônio MartinsRafael NascimentoMárcia Brasil, Fábio Amato, Bom Dia Rio e g1 Rio

 

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PF mira organização criminosa que atua na Baixada Fluminense

A Polícia Federal faz uma operação, na manhã desta sexta-feira (13), contra suspeitos de compra de votos e lavagem de dinheiro nas eleições de municípios da Baixada Fluminense.

Os agentes cumpriram mandados contra o secretário de Transportes do Rio de Janeiro, Washington Reis, o atual prefeito de Caxias, Wilson Reis, e a vereadora Fernanda da Costa, filha do traficante Fernandinho Beira-Mar, e mais 11 vereadores.

Ao todo, a Operação Têmis cumpre 22 mandados de busca e apreensão nos municípios de São João do Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e na capital fluminense.

De acordo com a Polícia Federal, o grupo movimentou cifras milionárias para financiar, ilicitamente, campanhas de candidatos a cargos políticos.

Na casa do investigado Wellington da Rosa, assessor do deputado Valdecy da Saúde e funcionário das prefeituras de São João de Meriti e Miguel Pereira, os agentes apreenderam uma grande quantia em dinheiro.

A justiça determinou bloqueio de R$ 10 milhões dos investigados.

Entre os alvos estão:

  • Washington Reis, secretário de Transportes do Rio de Janeiro;
  • Wilson Reis, atual prefeito de Duque de Caxias;
  • Netinho Reis, prefeito eleito de Caxias;
  • Valdecy da Saúde, deputado estadual;
  • Fernanda da Costa, vereadora de Caxias;
  • Wellington da Rosa, assessor do deputado Valdecy da Saúde.

 

Dinheiro apreendido na casa do assessor de candidato a prefeito da Baixada Fluminense — Foto: Divulgação

Dinheiro apreendido na casa do assessor de candidato a prefeito da Baixada Fluminense — Foto: Divulgação

Investigações

 

As investigações começaram em outubro, quando um homem foi preso em flagrante em Duque de Caxias, com R$ 1,9 milhão em espécie, sob suspeita de compra de votos.

Há indícios de que empresas contratadas pelo poder público eram utilizadas para favorecer agentes políticos em suas campanhas, com o fim de manter a hegemonia do grupo nesses municípios.

Os crimes investigados incluem organização criminosa, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

Casa do ex-prefeito de Duque de Caxias e secretário de Transporte Washington Reis — Foto: Charles Mathura/TV Globo

Casa do ex-prefeito de Duque de Caxias e secretário de Transporte Washington Reis — Foto: Charles Mathura/TV Globo

O que dizem os citados

 

Em entrevista ao g1, Washington Reis negou as acusações. “Tenho 32 anos de vida pública, tenho muita tranquilidade, e não tenho nada a ver com isso. Nossa eleição foi feita com muita transparência, honestidade, as contas foram aprovadas, e está tudo tranquilo. Não tenho nada a temer e estou aqui para colaborar com a justiça”.

O prefeito de Duque de Caxias, Wilson Reis, disse que não tem nenhum envolvimento no caso citado, confia na justiça e está a disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários.

O g1 entrou em contato com as assessorias de Netinho Reis, do deputado Valdecy da Saúde e com a Câmara de Vereadores de Duque de Caxias, mas ainda não obteve retorno.

O prefeito de Duque de Caxias Wilson Reis — Foto: Charles Mathura/TV Globo

O prefeito de Duque de Caxias Wilson Reis — Foto: Charles Mathura/TV Globo

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