Talvez esse assunto não lhe interessa. Mas é você quem paga a conta
Foto em destaque Mesa Diretora
A eleição de 2020, praticamente mudou a cara da Câmara Municipal de Jaboticabal. Nas fotos abaixo da esquerda para direita vemos: Pepa Servidone (DEM), reeleito. Dra. Andréia Delegada (PSC), já exerceu um mandato 2013/2016 pelo PSDB. Gregório Casagrande (Solidariedade) iniciante. Dr. Edu Fenerich (MDB) reeleito. Daniel Rodrigues (PSDB) reeleito. Gilberto Faria (MDB, já exerceu um mandato 2013/2016 pelo PSB. Prof. Jonas (Republicanos) iniciante. Dr. Mauro Cenço (Podemos) já exerceu 3 mandatos – 2001/2004, 2005/2008 e 2009/2012.Professora Paula (PT) iniciante. Paulo Henrique Advogado (Patriota) reeleito. Renata Assirati (PSC) iniciante. Ronaldinho (Patriota) iniciante e Val Barbieri (PRTB) iniciante.
O QUE DE FATO MUDOU
Dos 13 eleitos, 06 são iniciantes, 03 mulheres e 03 homens, fato inédito principalmente da participação feminina, e mais que especial a eleição de uma mulher para a presidência do poder legislativo e eleita por unanimidade, cuja Mesa Diretora ficou composta por Renata Assirati – presidente, Gilberto Faria – vice, Prof. Jonas – 1º secretário e Professora Paula – 2ª secretária.
O QUE NÃO MUDOU E NÃO MUDARÁ
Os vereadores jaboticabalenses são recordistas com gastos em comparação aos seus colegas de municípios vizinhos, especialmente com viagens para dentro e fora do estado. Como sabemos, até o ano de 2018, os Edis da cidade das rosas, viajavam e não tinham limite de gasto, isto é, toda despesa era ressarcida pela Câmara, bastava para isso que o viajante trouxesse uma nota ou um cupom fiscal. A partir de 19 março de 2019, foi implantada a RESOLUÇÃO Nº 350, que estabeleceu o pagamento das viagens de vereadores, diretores, assessores e funcionários em forma de diárias em UFESP’s e por quilometragem. Por exemplo, numa viagem para São Paulo (capital), que dista 340 quilômetros no chamado bate e volta, o vereador recebe 13 UFESP’s x 29,09 cada = a R$ 378,17, o motorista 06 UFESP’s = a R$ 174,54. O combustível do veículo é pago Câmara. Lembrando que de acordo com a resolução no seu Artigo 9º, cada vereador pode ir a São Paulo (capital) uma vez por semana, ou para outro lugar com quilometragem acima de 251 km a 400 km, para receber R$ 378,17.
Mas se algo mudar para melhor estaremos aqui para gritarmos com toda nossas forças. “E as meninas venceram”. Ao contrário, porém, também gritaremos.
VEJA TABELA ABAIXO COM OS GASTOS DE VIAGENS 
A FARRA VAI CONTINUAR
Em 2020, as despesas com viagens foram, foram quase zero, mas a razão não está relacionada a economia por parte dos nobres vereadores, e sim por causa da pandemia. Neste início de ano, ainda por causa da pandemia certamente eles (vereadores e vereadoras) pensarão 10 vezes, antes de saírem batendo pernas por aí com dinheiro público. Mas tão logo a Covid nos deixe em paz, e vai deixar que Deus é mais. Os ocupantes das 13 cadeiras do Palácio “Ângelo Berchieri”, acharão “bons motivos” para torrarem o dinheiro dos pagadores de impostos, com suas viagens que nada ou quase nada trazem de proveito para Jaboticabal. Exceto, uma declaração assinada por um deputado ou um assessor com os seguintes dizeres: “Declaro para os devidos fins que o vereador/vereadora fulano (a) de tal, esteve neste gabinete, no dia tal, na hora tal, para tratar de assunto de interesse do município de Jaboticabal”.
Não é sabido que a Mesa Diretora sob o comando de Renata Assirati, proponha uma nova Resolução para reduzir os valores das diárias. Ela como “marinheira de primeira viagem”, não vai se indispor com os contumazes viajantes, e claro com os iniciantes que também entrarão na farra, e ela inclusive, sob o pretexto de representar o poder legislativo jaboticabalense.
VEJA ABAIXO TABELA DE DIÁRIAS EM UFESP.
VOCÊ SABIA?
A instituição de salários a vereadores começou efetivamente em 1977, no regime militar. Antes, apenas vereadores das capitais recebiam subsídios. Naquele ano o então presidente Ernesto Geisel sancionou decreto estendendo o benefício, visando buscar apoio político das bases e também reforçar politicamente o partido do governo. Gradualmente foram sendo estabelecidos extensivos valores salariais e vantagens pecuniárias até o extremo a que se chegou agora, que em muitas cidades o salário dos vereadores é o maior do município para uma ou no máximo duas reuniões, à noite, por semana, verdadeira afronta ao operariado que trabalha oito horas por dia em sete dias da semana recebendo insignificância em comparação ao que percebe um integrante da Câmara instalado em gabinetes climatizados e cercados de mordomias diversas. Uma grande discrepância se considerar o mandato como prestação de serviços à comunidade. – CRÉDITO: CAMPO GRANDE NEWS