Queda de avião monomotor com 5 mortes em praça de Jaboticabal: veja o que já se sabe sobre o caso

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a aeronave em chamas logo depois de cair e explodir (assista acima).

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Nas gravações, também é possível ouvir o desespero de moradores diante da cena. Alguns deles chegaram a relatar que ouviram o motor do avião falhar algumas vezes antes de cair.

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O avião transportava cinco pessoas e estava acima da capacidade autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Todas as vítimas são da mesma família.

Quatro delas viviam em Indiaporã (SP) e seguiam para Monte Alto (SP), onde passariam o Natal.

Abaixo, o g1 reuniu perguntas e respostas sobre o que já se sabe e o que ainda falta esclarecer sobre o caso:

1. O que aconteceu?
2. Quem são as vítimas?
3. Quais as causas da queda?
4. O que os moradores viram?
5. Como era o avião? Ele estava regular?
6. O avião fazia qual rota?
7. O que vai ser investigado?

O avião caiu na Praça das Jaboticabeiras, no bairro Jardim Universitário, por volta das 9h de sábado. Ao atingir o solo, o monomotor pegou fogo e explodiu.

Duas pessoas morreram carbonizadas na hora, enquanto uma terceira chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos. Não há informações sobre como ocorreram quarta e quinta mortes. Todas as vítimas estavam na aeronave.

As vítimas são todas da mesma família. Morreram no acidente o empresário Delcides Menezes Tiago, dono de uma rede de ótica em Monte Alto, os sogros dele, o cunhado, de 5 anos, e uma sobrinha, de 15 anos, todos de Indiaporã (SP).

A mulher de Delcides não estava no avião no momento do acidente e aguardava os pais, o irmão e a sobrinha em Monte Alto para o Natal.

Veja abaixo quem era quem:

Delcides Menezes Thiago: Empresário, Delcides, de 65 anos, era bastante conhecido em Monte Alto. Ele era casado e trazia a família da mulher para a região de Ribeirão Preto (SP) para todos passarem o Natal. Ele era o dono do monomotor e tinha brevê (licença para pilotar).

Renata Garcia Nogueira: Sogra de Delcides, Renata tinha 39 anos, e viajava com o marido, o filho mais novo e uma sobrinha. A filha mais velha, mulher do piloto, não estava no avião no momento do acidente.

Edson da Silva Teles: Sogro de Delcides, Edson tinha 42 anos, e viajava com a mulher, o filho mais novo e a sobrinha. A filha mais velha, mulher do piloto, não estava na aeronave.

José Ricardo Nogueira Teles: Filho de Renata e Edson, José tinha 5 anos e era cunhado de Delcides.

Eduarda Garcia da Silva: Sobrinha de Edson e Renata e prima de José, Eduarda tinha 15 anos.

As causas do acidente ainda serão investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), mas moradores relataram que ouviram o motor da aeronave falhar por diversas vezes antes de cair.

Ao atingir o solo, em uma praça no bairro residencial de Jaboticabal, o monomotor pegou fogo e explodiu.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o avião em chamas. (veja abaixo)

Duas pessoas morreram carbonizadas na hora, enquanto uma terceira chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos. Não há informações sobre como ocorreram a quarta e quinta mortes. Todas elas estavam na aeronave.

Moradores relataram à EPTV, afiliada da TV Globo, que perceberam falhas no funcionamento do motor do avião.

Segundo o vendedor de flores Reginaldo Ferreira, o piloto chegou a tentar pousar o avião, mas não conseguiu.

“Estava na área de casa, tinha acabado de levantar, e ouvi esse avião passando, ele falhando. Ele tentou várias vezes pousar aqui perto, não teve sucesso. O motor estava falhando. Ele veio, tentou jogar no campo, mas acho que tinha gente jogando bola. Ele tentou sair de novo para pousar em outro lugar, ele subiu, mas não deu tempo, caiu do nada e explodiu.”

Já a professora Nayara Cervidoni percebeu que a aeronave perdeu altitude repentinamente antes de escutar o barulho do impacto.

“Eu estava limpando minha área, o avião passou por cima da minha casa, deu uma baixada e veio quase pegando nas árvores. Depois, a gente só escutou o estrondo, fumaceira e um cheiro muito forte. Ele veio fazendo um barulhão alto e baixando.”

O avião era um monomotor RV-10, prefixo PT-ZVL, fabricado em 2012 e com capacidade para piloto e mais três passageiros.

A aeronave era da categoria experimental e tinha situação regular na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas estava com mais passageiros do que o permitido, já que as cinco pessoas que morreram estavam a bordo.

O monomotor saiu de Monte Alto para Fernandópolis (SP) para pegar a família da mulher de Delcides. Todos voltavam para Monte Alto e passariam o Natal juntos.

Já próximo à cidade, o piloto não teria conseguido pousar o avião por conta do forte temporal que atingia a região de Ribeirão Preto (SP) e seguiu para Jaboticabal, onde caiu.

Investigadores do Cenipa foram acionados ao local e deram início à investigação, com coleta de dados e verificação de danos causados à aeronave, ou pela aeronave.

Em nota enviada ao g1, o Cenipa informou que tem o objetivo de investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.

“A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”.