Proporção de pretos e pardos entre os pobres chega ao dobro em relação aos brancos, mostra o IBGE
Levantamento mostra ainda que, em 2021, a taxa de desocupação também era maior entre os pretos e pardos. Enquanto entre a população branca era de 11,3%, para a preta ficou em 16,5% e para a parda, em 16,2%.
Por Marta Cavallini, g1
Com índice de pobreza em 46%, Roraima tem moradores que dependem da ajuda de ONGs para se alimentar — Foto: Divulgação/Visão Mundial
Pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira (11) mostra que, em 2021, considerando-se a linha de pobreza monetária proposta pelo Banco Mundial, a proporção de pessoas pobres no país era de 18,6% entre os brancos e praticamente o dobro entre os pretos (34,5%) e entre os pardos (38,4%). Os dados são do estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil.
“As populações preta e parda representam 9,1% e 47% da população brasileira, respectivamente. Mas, nos indicadores que refletem melhores níveis de condições de vida, a participação dessas populações é mais baixa”, diz o analista do IBGE João Hallak.
Na taxa de pobreza, o IBGE considerou a linha de U$$ 5,50 diários (ou R$ 486 mensais per capita). Na linha da extrema pobreza, (US$ 1,90 diários ou R$ 168 mensais per capita), as taxas foram de 5% para brancos, contra 9% dos pretos e 11,4% dos pardos.
“Em 2021, havia 8,4% da população na extrema pobreza. O percentual da população branca estava abaixo dessa média. Já as populações preta e parda tinham proporções acima da média e dos brancos”, diz o analista André Simões.
Desocupação também é maior entre os negros
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