Dinheiro Público

Prefeitura de Jaboticabal tem um déficit mensal de cerca R$ 50 mil com o terminal rodoviário

DINHEIRO PÚBLICO JOGADO NO RALO - TERCEIRIZAR É A SOLUÇÃO

Como já noticiamos aqui, o Poder Executivo (Prefeitura), encaminhou para à Câmara de vereadores o Projeto de Lei nº 201/2019, que concede à iniciativa privada a exploração e administração do Terminal Rodoviário. O PL tramita na Casa. E, objetivando mais informações acerca dessa terceirização, na tarde de segunda-feira (11/06) o secretário de Planejamento, Paulo Polachini, e o secretário de Negócios Jurídicos, Gustavo Aiello, estiveram no Legislativo esclarecendo a real necessidade dessa concessão/terceirização por um período de 15 anos, renováveis por mais 15, aos membros da Comissão de Obras, Serviços Públicos e Atividades Privadas, que é presidida pelo vereador João Bassi (PATRIOTA).

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De 2015 a maio de 2019, foram gastos com a rodoviária R$ 2.845.415 milhões, e a arrecadação foi de R$ 360.686 mil, um déficit de R$ 2.484.729 milhões, que divididos por 53 meses, ou seja, 4 anos e 5 meses, o prejuízo é de R$ 46.881 mil/mês. Essa arrecadação, refere-se a acostamento (parada) dos ônibus na plataforma de embarque e desembarque e de aluguéis dos boxes.

Os gastos estão relacionados ao pagamento de funcionários, energia, água, segurança, manutenção e conservação do local. Apesar dos gastos, as reclamações são grandes. “O pessoal reclama dos banheiros, dos pombos, da limpeza, são várias reclamações”, lembrou o presidente da comissão, João Bassi.

Para os secretários, a concessão é a saída. “Terceirização não é ruim, desde que tenha regulamentação, e se fazer cumprir”, defendeu Polachini. E para atrair empresas interessadas, segundo Aiello, o edital deve prever a possibilidade de exploração do estacionamento, das taxas de embarque/desembarque, do aluguel dos boxes, da publicidade no espaço, do guarda-volumes, entre outros. Além disso, “no edital constará uma contrapartida, que pode variar de 5% a 10%, e que retornará para os cofres da prefeitura, ou seja, deixaremos de gastar e ainda teremos um retorno financeiro”, explicou o secretário de Negócios Jurídicos.

Os vereadores também questionaram se o ponto de táxi pode sofrer influência da concessão. Segundo Aiello, não. “O ponto de taxi continuará na rodoviária, e os taxistas continuarão pagando para a prefeitura aos moldes de hoje, já que a licença é dada pela prefeitura”, pontuou Aiello.

A comissão, presidida pelo vereador João Bassi, deve emitir parecer sobre a matéria nos próximos dias. A expectativa dos representantes do Poder Executivo é de que o projeto suba para votação na próxima sessão ordinária, marcada para segunda-feira (17/06). No entanto, essa possibilidade é remota, porque não haverá tempo hábil para emissão do parecer. Porém, independentemente do parecer da Comissão, o projeto pode ser votado, desde que a maioria dos vereadores concorde em colocá-lo na pauta.
Além do presidente e do membro da comissão, João Bassi e Samuel Cunha (PSDB), respectivamente, também participaram o presidente da Casa, Pretto Miranda Cabeleireiro (PPS), e os vereadores Carmo Jorge Reino (PSB) e Dona Cidinha (PRB).
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