Pobreza ou extrema pobreza atingem 10 milhões de crianças com até 6 anos no Brasil
A proporção de crianças com até seis anos vivendo abaixo da linha da pobreza saltou de 36,1% para 44,7%.
Por Jornal Hoje
Segundo estudo feito por pesquisadores da PUC do Rio Grande do Sul, a pobreza infantil aumentou no país depois da pandemia. Levando em consideração os dados da PNAD Contínua, do IBGE, se concluiu que a proporção de crianças com até seis anos vivendo abaixo da linha da pobreza saltou de 36,1%, em 2020, para 44,7%, em 2021.
Isso quer dizer que cada pessoa da família vive, por mês, com o máximo de R$ 465. No ano passado, 12,7% estavam na faixa de extrema pobreza, onde a renda mensal por pessoa não passa de R$ 161. É a taxa mais alta desde o primeiro ano de coleta de dados pelo IBGE, em 2012.
Há sete anos, Adenilson recebe doações para manter uma cozinha comunitária funcionando a semana inteira, de onde saem 400 marmitas todos os dias. Segundo ele, a demanda parece só crescer.
“Tem muito mais gente sem o que comer. Não é só a pessoa que está em situação de rua que está passando necessidade, tem pessoas que têm residência, suas casas, mas não tem o que comer”, diz.
Além das marmitas, Adenilson distribui cestas básicas a famílias de recicladores de lixo. Por onde a caminhonete dele passa, saem adultos e crianças a procura de algo para se alimentar.
“Tem mãe que até vai pedir por precisão, porque as crianças amanhecem o dia e pedem um leite”, disse Francisca Maria do Nascimento.
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