Artigo

O Sal da Terra

*Paulo Eduardo de Barros Fonseca

Até o advento de Jesus a humanidade tinha apenas uma noção limitada de Deus. A maioria dos homens praticava o paganismo, adorando os fenômenos da natureza dando-lhes vários nomes de deuses.

Em seus atos e palavras, Jesus revelou ao mundo importantes princípios ético-morais, mas, sobretudo, que Sua doutrina está concentrada na prática do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Jesus, exemplificou o homem de bem, demonstrando que a humildade e o amor ao próximo são a chave para a felicidade e que o maior líder é aquele que mais serve.

Em suas parábolas, portanto, por meio de metáforas, Ele revelou as qualidades que o homem encarnado deve preservar na busca constante do aperfeiçoamento individual e, como consequência, coletivo.

No Sermão da Montanha, que não é para uma única crença, mas para toda a religião e que, por isso, veio para reformar a humanidade na sua totalidade, Jesus apresenta os princípios que libertam o homem o jugo da matéria e o conduz mais próximo de Deus.

Daí ser imprescindível que aquele que busca entender Suas palavras procure colocá-las em prática no seu dia-a-dia, sobretudo para que, mesmo em razão de ações individuais, a sociedade sofra as influências do bem.

Como a finalidade da vida material, por meio da reencarnação, é que o homem alcance a perfeição, ao buscarmos compreender os princípios revelados pelo Mestre nos obrigamos a colocá-los em prática.

Em Eclesiastes está escrito que “a felicidade não é deste mundo”, mas, invariavelmente, é aqui que começamos a construí-la. Emanuel, no livro “Servidores do Além”, psicografado por Chico Xavier, já dizia que a felicidade “já pode residir no espírito que realmente a procura na alegria de dar de si mesmo, de sacrificar-se pelo bem comum e de auxiliar a todos”.

Daí que, aquele que busca ser um homem de bem tem o dever de cumprir plena e cotidianamente com suas obrigações enquanto cidadão.

Quando houver esse entendimento todos praticarão o respeito ao próximo na mesma proporção em que quer ser respeitado. E, nesse dia, por meio de sua fé, a humanidade terá conhecido e partilhará a luz que ilumina o caminho da salvação e os homens, exercendo plenamente a cidadania, serão como o sal da terra (Mateus 5:13/15) porque, em qualquer situação, preservarão os valores da verdadeira fraternidade e do bem viver tão bem exemplificados por Jesus.

*Paulo Eduardo de Barros Fonseca é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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