Política

MP dos ministérios: 20 deputados de partidos com ministros votam contra governo Lula; veja como cada legenda votou

Foram 337 votos a favor e 125 contra a Medida Provisória (MP) que estabeleceu a estrutura atual de 37 ministérios no governo Lula. Mudanças feitas por relator esvaziam atribuições das pastas do Meio Ambiente e Povos Indígenas.

Por Marina Pinhoni, g1

 


Plenário da Câmara dos deputados durante votação nesta quarta-feira (31). — Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Plenário da Câmara dos deputados durante votação nesta quarta-feira (31). — Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (30) o texto-base da Medida Provisória (MP) que estabelece a estrutura atual de 37 ministérios do governo Lula. Foram 337 votos a favor e 125 votos contra (veja abaixo como cada partido votou).

Entre os partidos que compõem a coligação do governo (PT, PDT, PSB, PSOL/REDE), todos os deputados votaram a favor do projeto. Já entre os partidos que ocupam ministérios como MDB, PSD e União, houve 20 votos contrários à organização do governo.

O partido com mais votos contrários à medida foi o PL, com 78 “nãos”.

Na votação do marco temporal na terça-feira (30) também houve dissidência da base governista. O voto contrário ao projeto não foi unânime entre os deputados do PSB e PDT. Já MDB, PSD e União somaram 95 votos de apoio à proposta, que limita demarcação de terras indígenas.

Veja como cada partido votou:

Impasse para o governo

A tramitação da MP dos ministérios em comissão mista foi marcada por derrotas para o governo. O relator do texto e líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), fez uma série de alterações que esvaziam atribuições dos ministérios do Meio Ambiente e Povos Indígenas.

Depois de cogitar articular barrar as mudanças no relatório, o governo cedeu à estrutura proposta pelo relator, que atende pedidos do chamado Centrão e da bancada ruralista.

Nesta quarta (31), penúltimo dia do prazo para a aprovação da medida, Lula intensificou as articulações para conseguir a análise do texto. O governo também liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares no “dia D” de votações.

No entanto, ainda enfrenta resistência e insatisfações de parlamentares. Eles reclamam, por exemplo, que não são ouvidos pelos principais articuladores do governo.

Senado ainda precisa analisar o texto até quinta-feira (1º). Caso contrário, a medida provisória perde a validade e o governo terá que voltar para a estrutura administrativa da gestão de Jair Bolsonaro, com ministérios a menos.

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