Artigo

Hoje eu me lembrei…

*Paulo Eduardo de Barros Fonseca

A sociologia, em uníssono, reconhece que a sociedade contemporânea se dividiu em grupos os quais defendem direitos dos movimentos que representam. Refletindo – leigamente – sobre isso talvez seja plausível afirmar que a evidente fragmentação da vida moderna, eventualmente decorrente do alto desenvolvimento científico e tecnológico e pela busca da chamada liberdade e felicidade, tem influenciado negativamente o indivíduo tornando-o mais egoísta e, como consequência, preso as coisas da matéria.

Entretanto, é preciso lembrar que tudo emana da inteligência suprema do universo e causa primária de todas as coisas, a qual chamamos de Deus, que, como reconheceram os cientistas Issac Newton e Albert Einstein, é a força de energia que dá impulso a tudo que se move no universo.

Considerando que todos somos seres em evolução, a meu ver, a segmentação da sociedade, ao invés de assegurar melhores condições para alguns poucos, somente cria ranços e distancias entre seres que em essência são iguais e, repito, aprisiona as pessoas as conquistas materiais, que são efêmeras. Ora, o homem somente possui aquilo que lhe é dado levar deste mundo, portanto, a verdadeira conquista é a soma dos conhecimentos e das qualidades morais armazenadas em cada um de nós.

Nesse contexto, e para ampliar essa reflexão, compartilho uma mensagem que recebi de um Amigo que diz: “ Hoje eu me lembrei… que não sou branco, negro, amarelo ou vermelho. Eu sou um cidadão do universo, no momento, estagiando como ser humano na Terra. Que não sou homem ou mulher, nem alto ou baixo. Eu sou uma consciência oriunda do plano extrafísico, uma centelha vital do Todo que está em tudo!” (https://www.ippb.org.br/textos/1452-hoje-eu-me-lembrei)

Hoje eu me lembrei… que tenho a cor da Luz, pois vim lá das estrelas. E sei que o meu tempo aqui na Terra é valioso pra minha evolução. Que não há nenhuma religião acima da verdade. E que o Divino pode se manifestar de formas diferentes. Que só se escuta a música das esferas com o coração. E que nada pode me separar do “Amor Maior Que Governa a Existência”.

Hoje eu me lembrei… que espiritualidade não é um lugar, ou grupo ou doutrina. Na verdade, é um estado de consciência do Ser.

Hoje eu me lembrei… que ninguém compra Discernimento ou Amor. E que não há progresso consciencial verdadeiro se não houver esforço na jornada de cada um.

Hoje eu me lembrei… que tudo aquilo que eu penso e sinto se reflete na minha aura. E que minhas energias me revelam por inteiro (logo, preciso crescer muito, para melhorar a Luz em mim).

Hoje eu me lembrei… que não vim de férias para o mundo. Na verdade, vim para aprender e trabalhar (e também para vencer a mim mesmo nas lides da vida). Que não sou o centro do universo e que, sem a Luz, eu não sou nada! Sem Amor, o meu coração fica seco… e sem a espiritualidade, o meu viver perde o sentido. Que ninguém sabe tudo e que conhecimento não é sabedoria. Todos nós somos professores e alunos uns dos outros (e, acima de tudo, o Mestre de todos, o Grande Arquiteto do Universo).

Hoje eu me lembrei… que não nasço nem morro, só entro e saio dos corpos perecíveis ao longo da evolução.

Hoje eu lembrei… que sou mestre de nada e discípulo de coisa alguma.

Hoje eu lembrei…que sem Amor ninguém segue e que, meu mantra é Gratidão.”

Enfim, todos somos iguais perante Deus e a lei humana, bem como concorremos para o progresso de todos!

*Paulo Eduardo de Barros Fonseca é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

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