Saúde

HMSI registra grande incidência de sífilis entre puérperas

Dos 39 partos realizados pelo Hospital e Maternidade Santa Isabel de gestantes do Sistema Único de Saúde – SUS entre 24 de abril e 19 de maio, um total de 9 as gestantes apresentaram testes positivos para a sífilis e quatro recém-nascidos  apresentaram neurossífilis,  uma complicação da doença, que surge quando a bactéria Treponema pallidum invade o sistema nervoso, atingindo o cérebro, meninges e medula espinhal. Esta é uma das principais causas de óbitos de recém-nascidos em todo o mundo.

Os números são considerados alarmantes pela Enfermeira obstetra, coordenadora da Maternidade, Priscila Ribeiro Amaral. A ocorrência da sífilis foi notificada pelo HMSI à Secretaria Municipal de Saúde em ofício encaminhado pelo Hospital no dia 18 de maio, já que as gestantes contaminadas são do Sistema Único de Saúde – SUS.

Os quatro recém-nascidos, que apresentaram neurossífilis, permaneceram internados para receber medicamento administrado de forma intravenosa ao longo de dez dias. Profissionais do corpo de enfermagem do HMSI participaram do curso sobre cateter central de inserção periférica no ano de 2019, que os capacitou para essa intervenção e nos recém-nascidos, porém esse material de alto custo não é repassado pelo gestor municipal ao Hospital, agravando o já dramático quadro de déficit causado pelo atendimento prestado ao SUS.

Teste

O teste para a sífilis faz parte do protocolo do pré-natal da rede pública e privada de saúde e é realizado no primeiro trimestre de gravidez, por solicitação do ginecologista e obstetra responsável pela atenção a gestante, assim como outros testes de doenças sexualmente transmissíveis.

Quando a gestante, em trabalho de parto, é recepcionada pela equipe médica e de enfermagem de plantão do HMSI, é colhido sangue para testar a titulação da bactéria.

O Departamento de Pediatria está extremamente preocupado com o número de casos que vem aumentando ano a ano, esclarece o médico Pediatra Nereu Rodolfo Krieger da Costa, que integra o Serviço de Obstetrícia e Neonatologia do HMSI.

‘Em muitos casos temos observado que a doença não foi tratada corretamente, acreditamos que falta informação sobre a doença para mãe e o parceiro. No momento do nascimento, muitas delas julgavam que a sífilis não causariam prejuízo ao bebê. Também considero que a busca ativa para o tratamento da mãe e do pai ou parceiro é essencial’, informa a coordenadora da Maternidade.

A sífilis congênita pode ser prevenida e tratada facilmente – desde que o diagnóstico e o tratamento sejam oferecidos às gestantes de forma oportuna durante o atendimento pré-natal. É preciso que todo o sistema de saúde que realiza exames pré-natais no município esteja alerta para esta realidade. É importante também testar e tratar os parceiros sexuais das gestantes com sífilis, para interromper a cadeia de transmissão, salienta a enfermeira obstetra.

IST

A sífilis é uma das infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns em todo o mundo. Se uma mulher grávida infectada não receber tratamento precoce adequado, pode transmitir a infecção para o feto, resultando em baixo peso ao nascer, nascimento prematuro, aborto, natimorto e manifestações clínicas precoces e tardias (sífilis congênita).

A sífilis congênita é a segunda principal causa de morte fetal evitável em todo o mundo, precedida apenas pela malária, de acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS.

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LAURA PENARIOL

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