GOLPISTAS SEM CAUSA

Coronel preso pela Polícia Federal era responsável pelas operações da PM no DF no dia dos ataques golpistas

João Eduardo Naime Barreto é coronel da PM e atuava durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Ele foi exonerado do cargo pelo ex-interventor federla Ricardo Cappelli.

Por Wellington Hanna, Isabela Camargo, Rita Yoshimine e Iana Caramori, GloboNews, TV Globo e g1 DF

 


Coronel João Eduardo Naime Barreto — Foto: PMDF/Reprodução

Coronel João Eduardo Naime Barreto — Foto: PMDF/Reprodução

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal João Eduardo Naime Barreto foi preso, na manhã desta terça-feira (7), durante a 5ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal. Naime era comandante de Operações da PM, durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

O ex-comandante da PM foi exonerado pelo ex-interventor federal Ricardo Cappelli, no dia 10 de janeiro, poucos dias após os ataques as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

À TV Globo, em janeiro, a defesa de Naime confirmou que, no domingo em que ocorreram os atos, Naime estava em um hotel fazenda. O g1 tenta contato com o advogado do coronel.

Operação Lesa Pátria

A Polícia Federal cumpre três mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e seis de busca e apreensão no DF. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Esta é a quinta fase da operação Lesa Pátria, que busca prender envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro – ocasião em que terroristas bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília.

TV Globo apurou que há policiais militares entre os alvos da operação. A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal acompanha a ação.

A suspeita de omissão e conivência das polícias locais no dia das ações golpistas levou à destituição e à prisão de integrantes da cúpula da segurança pública do DF – incluindo o então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, e o então comandante da PM, Fábio Augusto Vieira.

Até o último dia 6 de fevereiro, foram cumpridos 16 mandados de prisão e 31 mandados de busca e apreensão nas fases anteriores da operação Lesa Pátria, que se tornou permanente.

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