Tragédia

Quem é Mireylle Fries, a mãe que ajudou a salvar sua família no acidente aéreo em Ubatuba

O Fantástico visitou Mineiros, em Goiás, onde vive a família. O avião que se acidentou foi comprado há 12 anos para levar o pai de Mireylle a São Paulo para tratar um câncer

Por Fantástico

 

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Empresária envolvida em acidente aéreo assumiu negócios após morte do pai

O Fantástico deste domingo (12) esteve em Mineiros, no estado de Goiás, onde mora a família envolvida em um acidente aéreo em Ubatuba. Veja no vídeo acima.

Testemunhas que viram o acidente contam que Mireylle Fries teve papel decisivo para salvar os filhos e o marido. Ela é a diretora do Grupo Fries, uma empresa de uma família de gaúchos que há 50 anos chegou em Goiás para investir no agronegócio. O grupo produz soja em Goiás e em Mato Grosso. Mireylle assumiu os negócios em 2012, depois da morte do pai.

“Ela participa do plantio, das colheitas. Então ela está junto. Não é aquela empresa que o patrão conhece só por foto. Ela não. E a mãe dela, dona Maria, são bem participativas no campo também”, diz Moacir Dalmolin, gerente administrativo do Grupo Fries.

 

É na fazenda dos Fries que nasce o Rio Araguaia, um dos maiores e mais importantes do país. Ao longo de duas décadas, a família plantou mais de 2 milhões de mudas nativas do Cerrado, criando um corredor ecológico.

O marido de Mireylle, Bruno Almeida Souza, também é produtor rural e tem negócios em Mato Grosso.

O avião que se acidentou em Ubatuba tinha sido adquirido 12 anos atrás pela família. O objetivo era levar o pai de Mireylle até a capital paulista para que ele pudesse tratar um câncer.

Na quinta-feira, Paulo Seghetto, o casal Mireylle e Bruno e os seus dois filhos saíram com o jato da cidade de Mineiros, Goiás, para passar uns dias num hotel em Ubatuba. Depois, seguiriam de carro para Paraty, no litoral do Rio de Janeiro.

“Estamos em estágio de pré-colheita. E eles iam passar uns dias para descansar e retornar com todo vigor para os trabalhos”, afirma Dalmolin.

 

O piloto Paulo Seghetto trabalhava havia cerca de 10 anos para o Grupo Fries, comandado por Mireylle. Ele tinha 28 anos de profissão.

“Uma pessoa extremamente competente. Tinha histórico com as aeronaves. Um piloto com muitas horas de voo e um cara que renovava seus cursos, seus treinamentos, lá nos Estados Unidos”, diz Dalmolin, do Grupo Fries.

 

Mireylle Fries — Foto: Reprodução/TV Globo

Mireylle Fries — Foto: Reprodução/TV Globo

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Investigações

 

O Cenipa já investiga as causas do acidente. Mireylle, o marido e os dois filhos pequenos estão internados em um hospital de São Paulo, capital. A empresária passou por cirurgia e chegou a ser entubada. Os demais estão estáveis. Não há previsão de alta.

O modelo da aeronave que se acidentou é considerado moderno e seguro entre os jatos executivos. E, segundo o registro na ANAC, o avião estava em situação regular.

O aeroporto de Ubatuba não tem torre de controle de tráfego aéreo. Pousos e decolagens são combinados via rádio entre os próprios pilotos.

Segundo a concessionária Rede Voa, responsável pelo aeroporto, a extensão da pista é de 940 metros, mas apenas 560 estão disponíveis para uso no sentido da Serra do Mar para a praia.

O manual do jato da família Fries estipula que, em pista molhada, a aeronave precisa de pelo menos 838 metros para aterrissar.

Veja a reportagem completa abaixo:

 

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Empresária do agronegócio ajudou a salvar sua família no acidente aéreo em Ubatuba

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