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AFINAL, EU ESTOU OU EU SOU UM EDUCADOR???

*Por Samira Abdala
Como é do conhecimento de todos, há hoje, em nossas escolas, alunos com altíssimo grau de defasagem em seu aprendizado.
Delegar a responsabilidade à contemporaneidade ou à família significa, para o Educador, lavar as mãos em águas sujas.
Atualmente, o trabalho em sala de aula tornou-se um desafio. Não existe a mínima possibilidade de se trabalhar homogeneamente. A singularidade deve se instalar e fazer parte da rotina do professor.
Compreendo que, diante de estudantes oriundos de situações sociais adversas e famílias desestruturadas, o objetivo acadêmico fica inicialmente comprometido. Entretanto, cabe a nós, como EDUCADORES, elaborar ações que minimizem o comprometimento acadêmico do aluno.
Não é difícil observar estes alunos, ditos “PROBLEMAS”, esquecidos no fundo da sala de aula, sem compreender o contexto e tumultuando o ambiente, já que todas as atividades propostas não os atingem por pura falta de conhecimento.
O equívoco no processo de ensino precisa ser olhado com atenção, haja vista o comprometimento persistir até o Ensino Médio, ou até mesmo no Ensino Superior, posto que a reprovação encontra-se praticamente excluída por leis que a proíbem em várias fases do Ensino.
Ao se ESQUECER dos alunos com dificuldade de relacionamento e aprendizado, o professor está também se esquecendo do seu papel de condutor de conhecimento, deixando à deriva alunos que necessitam de atenção, orientação e direcionamento. Condená-los à própria sorte é condenar a si mesmo como profissional.
O que fazer, então?
Não penso que exista uma regra definida, engessada. É necessário OLHAR para o outro, se colocar no lugar do aluno e estabelecer ações voltadas a esse aluno com objetivo único de promover em sua vida, durante o ano em que estarão compartilhando conhecimentos, um aprendizado concreto que o leve a crescer como pessoa.
Lamentavelmente, há fatores que não colaboram para que isso aconteça, mas devemos, como formadores que somos, ter o mínimo de respeito e procurar proporcionar a esses alunos aquilo de único que terão como certeza em suas vidas, que é o conhecimento.
É necessário, enquanto educador, que se faça uma autoavaliação:
– Sou um(a) professor(a) dedicado(a)?
– Me preocupo quando percebo que um aluno não aprende?
– Procuro preparar minhas aulas de maneira a atender às necessidades de todos?
– Como posso melhorar a atenção dos alunos em minhas aulas?
– Proponho atividades diversificadas?
– Escuto os anseios dos alunos?
Ao se pensar em metas, estas devem ser direcionadas aos alunos e ao próprio professor. Afinal, o que pretendo enquanto professor? Qual o meu objetivo ao ministrar minhas aulas? De que maneira posso aperfeiçoar minhas ações? AFINAL, EU ESTOU OU EU SOU UM EDUCADOR???
*Samira Abdala Alves Funcionária Pública Estadual por 28 anos na Função de Professora Coordenadora Pedagagógica – Aposentada Atualmente ministra aulas como Celetista na Prefeitura Municipal Jaboticabal.

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