Violência

É corriqueiro ouvirmos que mortos, desaparecidos e torturados pela ditadura militar eram vagabundos

Foto da internet

Antes da candidatura do capitão reformado do exército e deputado federal Jair Messias Bolsonaro à presidência da república do Brasil, não era comum ouvirmos nas ruas que não houve ditadura militar entre 1964 – 1985, em terras brasileiras. Mas a medida que a candidatura do capitão foi se fortalecendo, grande parte dos seus eleitores, foi seguindo seu ensinamento, que afirmou por muitas vezes que: “não houve ditadura militar, e sim intervenção democrática”.

Bolsonaro (PSL), foi eleito o 38º presidente, em segundo turno, no dia 28 de outubro de 2018, com mais de 57 milhões de votos contra Fernando Haddad (PT), que alcançou mais de 47 milhões de votos. E, uma grande monta dos eleitores e seguidores do capitão, não só afirmam que não houve ditadura militar, vão mais além, e afirmam que os que morreram ou desapareceram e foram torturados naquele triste período da nossa história, eram vagabundos.

Segundo levantamento da Comissão da Verdade 464 pessoas foram vítimas da ditadura, morreram ou desapareceram, e dentre elas estudantes, operários, professores universitários, jornalista e muitos outros profissionais, que apenas não concordavam com o regime ditatorial implantado pelos militares, que matarem torturaram, até inocentes. Não podemos negar que não houve perda do lado das forças do regime, que segundo os Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica foram 126.

Obviamente, que ouvir desses ignorantes, alienados e desconhecedores da história que mortos, desaparecidos e torturados durante o regime eram vagabundos, dói muito! Especialmente para quem o viveu e por um milagre de Deus sobreviveu. Mas a dor é bem maior para quem perdeu entes queridos naqueles anos de chumbo, e muitos sequer puderam sepultar os seus restos mortais.

Clique no Link abaixo e veja a relação de mortos e desaparecidos.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/12/1560655-veja-a-lista-de-mortos-e-desaparecidos-do-regime-militar.shtml

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